segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Apresentação da Pesquisa de Avaliação de Sites de Saúde

O mundo presenciou nos últimos 20 anos uma intensa e radical transformação tecnológica que tem, entre outras consequências, proporcionado o crescimento acentuado do acesso à informação. Há mais informação disponível e ela é, cada vez mais, fácil e rapidamente acessível graças ao advento e expansão da Internet.
Em um contexto marcado pelo aumento da presença da Internet no cotidiano do cidadão e pela assimetria das condições de acesso, a saúde desponta como uma das áreas onde há cada vez mais informação disponível para um número cada vez maior de pessoas interessadas. Este interesse se justifica na medida em que a saúde tornou-se, nos últimos anos, uma das principais preocupações do homem, adquirindo um valor inédito na história da humanidade. Por esta razão, é cada vez maior o número de pessoas que acessam a Internet para obter alguma informação sobre sua condição de saúde ou de um parente ou amigo.
O fato de existirem incontáveis sites de saúde produzidos por organizações, agências ou indivíduos sem qualquer tipo de controle ou fiscalização gera um problema que pode ter graves consequências para a Saúde Pública: Muitos sites apresentam informações incompletas, contraditórias, incorretas ou até fraudulentas (McLeillan, 1998). Mesmo se seu conteúdo for correto e atualizado ela pode ser apresentada de forma incompreensível para cidadão comum. Essas informações podem atrapalhar o tratamento, induzir à automedicação e até prejudicar o paciente.
Diante desta realidade o cidadão comum tem dificuldade de distinguir o certo do enganoso ou o inédito do tradicional. Diante do dilúvio de informações, promovido pela Internet, torna-se necessário que cada grupo de interesses faça sua própria seleção, sua própria filtragem, construa, nas palavras do filósofo Pierre Levy sua própria "arca". Assim, a avaliação da qualidade da informação na Internet tem se transformado em um novo desafio para o homem contemporâneo, particularmente no campo da saúde.
No Brasil não há notícia de qualquer agência pública ou privada que esteja preocupada com a avaliação da qualidade da informação em saúde disponível na Internet. Em termos acadêmicos a produção bibliográfica nacional sobre o tema é bastante incipiente.
Entre os anos de 2012 e 2013, o LAISS desenvolveu uma pesquisa voltada para a análise da qualidade da informação em sites de Dengue que contou com o apoio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) da FIOCRUZ.
Os resultados dessa pesquisa podem ser consultados em nosso site.

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